quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A outra


Experimentar todas as coisas
Dar vida ao tempo
Escoltar o não existente
Condenar a humanidade
Ansiedade incontestável, clamor atado.
O princípio vital sufocado;
Abismo.
O arbítrio dá as ordens, a seriedade censura
E acompanho os minutos
Vigio os atrasos.
Respiro o resíduo – do sol –
Sou testemunha da metade de mim, ordinária;
Mulher afetada...
Rendo-me por inteira.
Um tapa!

3 comentários:

Kalie Cullen disse...

ai! um tapa? *cena de novela*
rs

renda-se à vida, não há nada além dela!!!

\o/

:****

Kalie Cullen disse...

acredito que a vida seja nossa amiga.

=)

é o que ela tem me mostrado.

Renan Moreira disse...

As metades são o que completam o fruto por inteiro.
Jamais poderemos ser íntegros sem assumir o espaço de cada parte.
Todos somos imagem e reflexo no espelho, duas partes salpicadas de emoções.

Adoro o jeito que você escreve!
Suas palavras parecem desenhar um palco e um teatro, deixando o leitor a assumir sua personagem na peça!! É de dar gosto de sentir!
De sentir o gosto!