quinta-feira, 31 de julho de 2008

A ciência do amor

E na linha diretiva da pesquisa uma promessa
E na sala uma nova invenção
Ela resiste, escorrega
Com o estômago mareado, músculos apertados
E agora com um ventre ocupado
Recupera a posição e compreende


(Sai da sala )
Chora, pega um papel
E dessa vez já sorri
Nasce uma mulher
Ou parte dela
Ainda faltavam 40 semanas
Toda cautela parece insuficiente
Carece de roupas novas
Não tinha sabedoria suficiente
Para entender que precisaria
Nos meses seguintes de um disfarce
Necessário para sonegar toda a amargura


Noite do escambo
Mercadorias : Ela ou a profusão?
Ela desejaria não ter ouvido essa resposta
E o céu muda de cor
E as aspirações perdem o espírito
Ela chora e grita
Ouvindo o som dos próprios caprichos
Essa menina não pensa nele!
Ainda não chegou o momento



O inimigo subtrai indícios de genes
E satisfeito recebe a notícia:
Você é o suposto “super-herói”
Seus olhos passam a ter a cor do ódio
Mas ela sorri
E quando percebe que o riso não era de alegria
Resolve chorar novamente
Todo o dia a mesma coisa
Até que certa vez...


Ele aparece
Era ele esse tempo todo...
O menino que chorou sem saber a razão
O soberano da casa
Bochechas rosadas, pele clara , macia
Seus olhos?
Azuis, serenos...


O Pequeno Príncipe Poderoso
Que levou a mãe pra morar na Lua
Esse tem o encanto, a magia, o amor
Certas horas quase um felino
É notável


Ele ri, ele chora, ele brinca
Ele beija, ele canta, dança
Pinta, abraça...
É um homem
É forte, é puro
É ingênuo, um anjo
É de verdade, é carinhoso
Ele é genial

Trocou de lugar com ela e deu a luz
E redescobre a vida
Para muitos : Um cientista
Para ela : Seu único filho
Que provou a ela
O que é um verdadeiro amor






segunda-feira, 28 de julho de 2008

Livre escolha







Perdoa-me
Eu não sou sinônimo de perfeição
Não está na minha natureza
Não sou tão pretensiosa assim...
As minhas aspirações
São mais suaves nesta hora

Quando estava ao avesso
Eu tinha o mau costume
De sufocar com palavras
Os "Personagens"
Das minhas tramas

Mas já que faz questão
Nisto estou
Anuncie à opinião pública
A indigente que fui
Sim, anteriormente

Faço uma lista:
1° Má índole
2° Avarenta
3° Ciumenta
4° Egoísta
E quem nunca foi?

Se for sair por aí em busca dos meus defeitos
Receio dar a primeira notícia:
É perda de tempo!
Desperdício de ATP!
São muitos deles...
Nem queira usá-los como desculpa
Para satisfazer seus desejos
Desviar seus delitos
Não comigo
Nem mesmo se o seu telhado fosse de cimento
Eu sei quem você é

E olhar pro espelho dói
Não comigo
Amo-te
Como se fosse parte minha
A parte mais nova
Àquela que ainda irá aprender com o tempo


Que o ser humano muda
Erra
Constrói
Destrói
Assume seus erros
E um dia evolui ou não

Só não posso mais ser escrava
De qualquer jogo de intriga
Sinta-se livre
Vá embora
Ou volte quando quiser
Seja bem-vinda

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Nos meus sonhos...




Quero ouvir sua meia voz
Semelhante à minha fantasia
No alvorecer, entre o meio-dia...Sob a Lua
Na hora em que as estrelas disfarçarem minhas confidências
Supondo seu cheiro e iluminando o céu com vermelho timidez

Vou-me deitar no chão
Serena
E vestir-me de devaneios
Apenas para apreciar seus versos
Palavras que molham, forram...
Ainda mais o meu corpo

E mesmo que o tempo
Tenha um semblante de melancolia
Pela reserva que tomou conta de mim
Tomara que a canção caia em gotas
Sobre a minha pele

Para que assim eu possa aproveitar
Lentamente o doce
A duração da volúpia
E me inspirar
A sonhar contigo
Outra vez

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O mensageiro




E a saga continua...

Nunca uma frase surtiu um efeito tão devastador!

Começa com a aurora

O excesso de vigília aborrece

Não pela falta de desvelo

Mas pela descoberta

Que um príncipe poderoso

Além de transbordar alegria

Transborda também aquilo que o sustenta

A madre zelosa...

Perde o desejo de confiar...

Mas uma hora ele surge

E ela como um passe de mágica

Entorpece!

Prevê , recebe...

Um brado...

Uma confusão de significados

E continua a sonhar...

E ouve:

Paixão, magia, medo, morte...

A música de fundo era um lamento

Oops! O príncipe despertou!

Hora de acordar!

Recorda do sonho

Resolve abrir um livro...

E lá estava ...

Explícito...

A expressão

"Morra na hora certa"

E a frase ficou cravada em sua memória

Usou como mensagem pessoal

E recebeu:

- Nossa! Quer matar quem? ( De um estúpido ex namorado)

- Quem te aborreceu? ( Da ex vizinha )

- Amigaaaa! Uma homenagem à Dercy? ( De uma colega comediante )

E ela só queria dizer...

"Morra na hora certa"

Com a mesma harmonia de Nietzsche

Mas não passou de soberba

E dona de um grande potencial suicida

Ela só queria...

Reverenciar a vida

Por temer a perda

Do seu próprio autor...

O seu pai!






quarta-feira, 16 de julho de 2008

Começo a ficar livre...


Quando a música do Renato Russo toca...

A mente flutua

Representa

Altera a minha consciência

Dá meia volta, volver!

"Se fiquei esperando meu amor passar"

Às vezes, já passou e eu não vi

De repente...

Se eu não fosse míope

Melhor não esperar mais

Se o amor for realmente cego?

A espera não seria desejável

Eu posso não estar visível

Portanto

Não passe,

Me amarrote!

À luz

Tenho a chave do seu bem-estar

Está aqui nos meu braços

Delizo as mãos pelos seus cabelos

Textualmente

Entro em contato com sua alma cá

Mudo sua fisiologia

Puxo pra mim

E que o fascínio seja covalente

A culpa não é nossa

É do tal feromônio

Ouça o que eu tenho pra te dizer...

" E eu odeio química"


rs*






domingo, 13 de julho de 2008


Nossa!
Agora é pra valer...
Eu tenho um blog!
Que sensação boa,
Um friozinho na barriga,
Será que agora vou ser aceita no clube dos escritores? rs*
Não dá...Vou precisar de muito mais tempo
Esses dias não tenho pensado em nada
Diferente!
Só ouço Chico o tempo todo
Todo o tempo
Mãos pro alto!
Agora tenho um fotolog, orkut, não saio do msn e ainda mais esse compromisso imperdível...
Um Blog!
Acho que isso tudo tem um nome:
SOLIDÃO
Estou começando a sentir falta de quando eu não tinha crises de tendinite,
Quando eu chegava em casa com o rosto vermelho de tanto jogar futebol,
Achava graça de um espirro
E chorava copiosamente vendo um filme de romance...
Ah, mas agora eu tenho 24 anos
24 anos,
Sou uma mulher
Mãe
E carioca ainda por cima
24
Uau!
Como passou depressa
Parece que foi ontem...
Ué! Mas ontem eu não tinha um blog!

Sejam bem vindos!
Por um tempo indeterminado e ninguém precisa me dar nenhum valor por isso
Dispenso 0,99 centavos!
Não seria justo !
Vejam as minhas bobagens assim mesmo...de graça!