quinta-feira, 29 de julho de 2010

Quatro

Imagem: Cátia Melo

Um fundamento: Ordeno a tua pele dissolvida à minha.

[ Mãos, olhos, sussurros, paz]

- E que os versos nos aguardem-


P.S: 91 dias voam.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cetim

Instiga o sossego em minha companhia.E na hora que carecer de um refúgio.Terá meu colo em papel de presente.Sempre.



domingo, 25 de julho de 2010

Quotes.

  Eu não preciso do: "Até que a morte nos separe". Uma noite é suficiente para me
revigorar.


                                                       Bruno Rodrigues

[ Frase de um amigo meu , além de piadista, ele dá uma de filósofo ]

terça-feira, 20 de julho de 2010

Do lado de lá.



É inverno ou talvez segunda guerra mundial. As recordações de ti fazem tempestade em mim. Era o tio do nariz afilado, da ironia delicada, das gargalhadas, do "ô, glória". O homem pai de tantos, tio de outros tantos, avô de alguns anjos e filho da Tereza. Dos presentes de amigo ocultos suspeitos, do natal, do dia das mães. Era o tio do coração não tão forte assim. Era o tio da boêmia, o primeiro dela, o tio das crises de riso. E num dia qualquer de julho de repente a vida bateu à tua porta em forma de despedida, e assim o fez. E ninguém aqui que fizesse parte de ti quis olhar pra trás. Tua pele perdeu os sentidos e ainda lembro da minha mão na tua fronte, naquele tal jardim. E do girassol que te presenteei. E como não queria que ele não tivesse sido levado a ti nessa ocasião. Era muita coisa. Era muito forte e nenhuma vontade foi suficiente de te carregar pra esse lado. E mesmo assim depois do dia dezesseis, chega a ser sarcástico o sol sair e que ele volte a brilhar tanto. Tua morada continua deste lado, o timbre da tua voz estarás por aqui e o teu sorriso no portão da Rua Áurea tão vazia. Cheia de dissabor. Bem além de qualquer dor da alma, corporal. Então nesse embalo preciso corrigir essa minha fé na vida e crer que estás bem. Até para que essa sua partida me faça algum sentido. Para que a vida assim continue...
[Para meu tio Gerson que partiu tão cedo...]






Senta aqui, presta bem atenção, meu amor.


Então a vida me pregou uma peça. Quis apresentar-me uma nova essência - Pausa- Tenho problemas com coisas novas. Então adianto o ponteiro do relógio e espero que tudo fique bem. Que caia no desuso para que eu possa me acostumar. E nesse momento gosto de estar só. E tanto que procurei por mim que ao me olhar deparei que nunca me fora apresentado o amor, e a imagem que tenho dele foi pura ficção e capricho da massa pensante. Algumas pegadas eu vi, poderia arriscar. Caminhos fúteis e espaços vazios. Entre a porta, entre os dedos. Oco mesmo. Mas por ora, algo estranho aconteceu... Justamente em mim, tão inexorável. Arranquei a roupa, o trauma, o receio, o pudor e algumas mágoas. Aqui estou de frente ao espelho: Curada, ilesa: In-de-pen-den-te. E faz tanto bem. Então fixo o olhar e faço um pedido: Que esse amor ou  seja lá o que for, seja praticável e palpável, sem contos de fadas ou drama de altar. Sem ostentação e transparente.Esse é meu último pedido. Mesmo que tenhamos que pedir as contas, para que o trabalho não seja em vão. Para que eu&você sejamos abstratos. E reinventar uma nova história tão nossa. Se é ficção ou não, eu te amo, e se passasse na TV, seria meu programa favorito.Todos os dias.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Suerte

Já não tinha mais o pé de coelho,

O travesseiro,
E a cabeça no lugar;
Já não tinha o príncipe encantado,
O plantão dobrado;
E fecho-ecler daquela calça predileta                                                                                     
Em contra partida recebeu um novo amor
Literalmente,
Para declarar justa;
A graça
E os seus dias.




Imagem :by ~naddie-catastrophe

terça-feira, 6 de julho de 2010

Suposto

Era uma vez um goleiro. Uma fortuna. Opressão. Um desaparecimento. Era desse modo que ele atuava.
E por falso-pudor, ela também era assim, como muitas da rua, só que não deu indícios. O filho era dos males, o menor.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Compacto


                                                                                    Imagem _by_dynamisme
Teus trejeitos fincam na minha pele, a energia dos teus braços, a influência das tuas mãos. Contidas no meu sétimo sentido tuas sensações, aromas, cores em vaso de cristal, música não composta. Ao mesmo tempo um voto consumido e repleto. Às vezes [sempre] conservo-te aqui só para ter o prazer de recompor notas tão tuas, cada vez que compõe teu beijo em mim.