quinta-feira, 23 de setembro de 2010

No limite

Algumas coisas definitivamente me aborrecem. Uma parte, não todas, me causam desgosto. Mas, a pior de todas é a incoerência. Gosto de arroz com feijão. Queijo com goiabada. Toques sem segundas intenções. Sem borda ou intercalados. Odeio espaços, portas abertas, vão dos dedos, copo vazio. Não cabem em mim. São superficiais. Incompletos. Odeio disputas também. De pés seguidos ou de frases feitas, da monotonia. Sou vira-lata.Conveniente. Não me entrego sem trocas. Dou às costas por uma semana, ou pro resto da vida. Nada me enlaça se não for olhos sinceros, música e calor. Rimbaud e Caio Fernando em notas. Passado é passado. No presente, sou isso aqui. Podem me chamar do que quiserem, árida, indecisa, bipolar, mascarada. Façam suas apostas. Pintem uma linha do Equador, se for do agrado. Ou leiam o horóscopo. Eu teria ficado mais um pouco. Eu teria te esperado. Enfim, só.

7 comentários:

blur disse...

Melancolicamente incrível.

Rafael Sperling disse...

Ótimo, muito bom!
Bjs

Unknown disse...

Somos o que suportamos ser.. de qualquer forma, o que tem ao redor.

Gostei do blog.

Abraços

gabi disse...

acho lindo gente cheia de espaço para caberem muitas definições.

:*

Beth Balanço disse...

liiiindo texto =)

Anônimo disse...

"Melancolicamente incrível."

AHUHAUHUAHUAHUAAHUAUHHAUAHUAUHAUH

Anônimo disse...

"Melancolicamente incrível." Sim!
Incrível...Para quem está com uma seringa cravada na garganta, nada mais justo.

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK