
©2008-2009 ~Slagophoto
Mais um requintado fim
Dessa patologia de devaneios.
Leva a crer que Maria veste a cinta liga
Leva a crer que Lucas tira o paletó.
Todos os dias, os dois disfarçam.
Contraditória constância.
No quarto, pouca gente chorou.
Os poucos, pouco a pouco,
Também tiravam suas vestes.
Suas sobras, a censura e o pesar.
Na rua, outros prostrados.
Sepultados nas avenidas largas,
Enterrados em jogos de azar,
Casal sobre casal,
Revoltados por causa da infelicidade.
Revoltados pela luta diária.
O entendimento está morto.
Cada multidão, um funeral.
Cada cérebro, um campo-santo.
Ficaram mudos, todos os dois, os opostos.
Maria e Lucas estão purificados.
Dois em um único corpo.
Sequer têm noção do que o acaso
Foi capaz de lhes reservar...
Mas isso já é uma outra estória.
Dessa patologia de devaneios.
Leva a crer que Maria veste a cinta liga
Leva a crer que Lucas tira o paletó.
Todos os dias, os dois disfarçam.
Contraditória constância.
No quarto, pouca gente chorou.
Os poucos, pouco a pouco,
Também tiravam suas vestes.
Suas sobras, a censura e o pesar.
Na rua, outros prostrados.
Sepultados nas avenidas largas,
Enterrados em jogos de azar,
Casal sobre casal,
Revoltados por causa da infelicidade.
Revoltados pela luta diária.
O entendimento está morto.
Cada multidão, um funeral.
Cada cérebro, um campo-santo.
Ficaram mudos, todos os dois, os opostos.
Maria e Lucas estão purificados.
Dois em um único corpo.
Sequer têm noção do que o acaso
Foi capaz de lhes reservar...
Mas isso já é uma outra estória.