sábado, 3 de outubro de 2009

Declara-te.


©2008-2009 ~Reaubain



Deslustra-me o bom senso do desejo.
Satisfaça-me a alma.
Absorva meus líquidos. Castidade. Vergonha.
Pensa em ti deitado aqui.
Entre minhas coxas. Nos meus braços.
Declara-te
Declara-me
Comportas nossos bocados, fragmentos e frações.
Perdidas em algum canto.
Cosa-os neste exato momento.
Fala baixinho no meu ouvido.
Agora fala em voz muito alta.
Clama.
Apodera-se da minha pele.
Sem barulho. Sem longitude.
Tatua em mim essa falta de nós.
Soletra na minha boca essa vontade.
Pode demorar.
Que a noite termine menos a madrugada.
De lençol, frio, madrugada, luzes, cidade estranha.
Extravagância, transformar-te em poesia?
Nenhum barulho.
E de repente...
Vejo-te.
Declara-me?

5 comentários:

Rafael Sperling disse...

Ok, declaro-te.
bjs

Lua disse...

Ai liiiiindo o poema ;D

Boa semana, beijos.

Tatiane Trajano disse...

Que lindo, Juliana.

"Soletra na minha boca essa vontade.
Pode demorar".

Demore, demore..

Beijos

Renan Moreira disse...

Lindo como tua pele florificada.
Como a marca do teu sorriso, no meu.
És tão lindo quanto a vontade.
Só esta explica exuberante formas do amor
fulgurantes, porém deliciosas no momento exato.

Exatamente na hora e minuto que
destrancas uma porta com uma trava que não vai com minha cara.
;)

Salve Jorge disse...

Devoro
Em cada poro
Oro
E d´ouro
Nesse namoro
Teus louros
Tua tara
Declara
Estouro
Exploro
E imploro
Devora-me?