sábado, 6 de dezembro de 2008

Sem espinhos.


[Andando sobre os fios]

Caí da cama.
Desesperadamente olhei para o espelho
Sorri. Fiz caretas. Gritei, assim, loucamente.
Um monte de silêncio era a imagem refletida.
Meus receios retratados. Ali!
Na minha frente.
Naquele objeto.
O desgaste da alma.
Nesse caso...
Somente quando a dor foi embora...
Olhei no espelho novamente.
E consegui me ver.
Consciente do valor dos meus sonhos.
Fui tirando as farpas.
Devagar.
Uma por uma.
Dando uma nova forma ao meu rosto.
Um aspecto lírico.
Enxerguei a profundidade dos meus atos.
Das coisas.
E tornei-me: o ser.

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