quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Colírio.


O rapaz dirigiu sua avidez e alguns pretextos para crer em algo inesperado. Ele iria aproximar-se da favela, brigar com uns traficantes, dominar a boca de fumo e encontrar a mocinha. Em seu quarto, ela cantava. De lado, contemplava o vidro da janela e o trilho estreito por onde o herói passava. Isso não era certo. Os poros em calafrios, o vestido apertado, um laço no cabelo, e a donzela não deu-se por vencida. Estaria travada a terceira guerra mundial. Se os enigmas tivessem asas? Uma pena, nenhuma pessoa, necessitaria de compaixão. Ele estava com azia. O vestido. Fácil? O laço, límpido.


A seguir...

A porta já tinha sido aberta, por ela. Assim como umas cartas jogadas pelo chão.

Ele deu um pontapé na porta, do mesmo jeito.

Ela tinha uma menina triste tatuada no braço. E ele, um lírio na mão.

3 comentários:

Anônimo disse...

ju, gostei muito dos teus comentários, na verdade amei.Quero te conhecer, saber o vc faz. Estou aqui em teu blog, vou mergulhar em teus escritos. Esse é meu email/ eduplanchez@yahoo.com.br

msn/ eplanchez@hotmail.com

estou no orkut, e no youtube

moro rio

beijos

edu planchêz

Anônimo disse...

MORO NO RIO DE JANEIRO

Renan Moreira disse...

Ju, saudade dá de te ler.
Uns dias sem passar por aqui, e me dá uma vontade de ler cada letrinha dessa.
[suspiro]
Você escreve de um jeito tão bem, que o teu jeito mais uma vez me entorpece. De mais um jeito.

Beijoo!